Séries que dependem muito de convidados famosos podem ser arriscadas – e ainda mais quando o programa se baseia em seus talentos de improvisação. Felizmente, com o apresentador certo, uma premissa inteligente e a quantidade certa de estrutura para manter as coisas em movimento, todos esses elementos arriscados podem criar algo maravilhoso, como é o caso da mais recente série original da Netflix, Murderville.
Baseado na série da BBC Murder in Successville, Murderville lança Will Arnett como o detetive de homicídios Terry Seattle, que deve resolver um novo (e muitas vezes ridículo) assassinato em cada episódio com a ajuda de uma celebridade convidada. A pegada? Os convidados famosos não recebem um roteiro e devem acompanhar o personagem de Arnett de uma cena para outra, improvisando enquanto entrevistam os três principais suspeitos. A cena final tem o convidado do episódio anunciando qual dos suspeitos eles acreditam ser o assassino, com seu veredicto confirmado ou refutado pelo chefe de Terry (Haneefah Wood) no final.
A primeira temporada de Murderville combina o detetive não muito experiente de Arnett com uma mistura eclética de parceiros, incluindo o apresentador de talk show Conan O’Brien, os atores Kumail Nanjiani (Eternos) e Ken Jeong (Community), as atrizes Annie Murphy (Schitt’s Creek) e Sharon Stone (Basic Instinct) e o ex-jogador da NFL Marshawn Lynch. Dada a ampla gama de experiência na tela e habilidades de improvisação entre os convidados do programa, o caminho que cada episódio percorre para chegar ao final? O momento varia, permitindo alguns momentos verdadeiramente divertidos – e sim, sem roteiro.